quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Postado por Milinha às 14:10

E eu estava novamente sem rumo, e nem sabia se precisava de um... Iria em qualquer direção, a qualquer lugar em que pudesse conhecer um novo alguém que me fizesse ter sonhos bons. Voltar a sonhar... Era o que eu planejava fazia tempo, mas naquele momento, naquele momento eu tive coragem, meu coração não aguentava mais. Eu queria ver o verde, queria que o brilho singelo do sol de um fim de tarde voltasse a me iluminar, queria um lago de águas cristalinas, queria paz...  Estava mais do que cansada de viver de casos e acasos enquanto queria estar aninhada naqueles braços protetores, com minhas mãos se perdendo naquele corpo. Entretanto,excelente atriz que sou, decidi encarar aquela situação que me corroia da forma mais difícil possível, pois pensava que após ser esmagada pela dor mais aguda, conseguiria enfrentar qualquer outra. Como eu estava enganada... Todos os dias ao chegar em casa eu me sentia pior, a pressão no músculo dentro de meu peito era maior a cada instante, e eu não sabia se continuaria a suportar. Eis que me deparo com a situação que tanto temia, a que tinha absoluta certeza que não era capaz de enfrentar... Era uma tarde de domingo comum, acabara de chover e o sol estava a se impor entre as nuvens. Reunião comum na casa de um amigo, muita gente reunida. Eu estava bem até então, nada fora do normal. Uma amiga me dissera que ele viria, mas não dei importância, afinal seria como sempre:faria graça com os desconhecidos e o ignoraria. Ele chegou, fechei os olhos e respirei fundo, só que ao abrir vi que não estava sozinho. Era uma moça muito bonita, bem mais do que eu, e eles estavam de mãos dadas. "Mantenha a calma", disse a mim mesma. E tentei, como tentei. Mas como ele pôde? Sabia muito bem o quanto ainda era avassalador  o meu sentimento! Ele não a apresentou como namorada, era apenas uma "amiga". Amiga? Era mais um teste, há tempos ele vinha me pondo à prova, queria saber até que ponto eu resistiria sem ele. Só que àquele teste eu não passaria, não ao vê-lo beijá-la. Meu rosto corou rapidamente, e as lágrimas saíram in-vo-lun--rias. Todos ali presentes perceberam, eu me sentia patética. Corri para garagem e peguei uma bicicleta. Pedalaria até me sentir melhor, até o nó sair da garganta e o aperto do peito. E eu estava novamente sem rumo, e nem sabia se precisava de um...

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